Uma das maiores representantes da música baiana e figura de proa do afropop brasileiro, Margareth Menezes vem a Portugal para um espectáculo único.
Desde os humildes começos na capital do estado da Bahia, Salvador, até à recente nomeação pelo actual presidente do Brasil, Lula da Silva, enquanto Ministra da Cultura do seu gabinete, foi longo o caminho percorrido pela artista que se apresenta no LAV – Lisboa ao Vivo, a 20 de Outubro.
Após uma digressão europeia, no Verão de 2024, que passou pelo Festival Músicas do Mundo, em Sines, e na qual estreou no continente as composições originais do seu último álbum, Autêntica (2019), nomeado para um Grammy Latino, Menezes prepara-se para também arrebatar a plateia com a interpretação de temas de alguns de autores brasileiros que a inspiraram e recordar vários sucessos de uma carreira valiosa, como "Faraó (Divindade do Egito)", um hino de carnaval dos anos 80 que agora voltou a ser celebrado a propósito da sua posição à frente do Ministério da Cultura.
Entre os ritmos acelerados do axé da Bahia, que sustentam uma voz estrondosa, e os momentos mais lentos, reveladores de uma sensualidade selvagem, Margareth Menezes tem o seu nome eternamente ligado a outras personalidades de ascendência baiana, de Gilberto Gil a Maria Bethânia, de Caetano Veloso a Daniela Mercury. No currículo, são muitos os prémios e as homenagens um pouco por todo o mundo que colecciona.
Em 1990, alcançou a fama global com o LP Elegibo, produzido por David Byrne, dos Talking Heads, conquistando o primeiro lugar na tabela de World Music da Billboard. Aliás, foi o próprio músico norte-americano que um ano antes desse trabalho a convidou para abrir uma digressão, tornando-a na primeira artista a levar o samba-reggae, tradicional da Bahia, para fora do Brasil: "uma linguagem que vem dos blocos afro [de carnaval], que misturava os ritmos da clave africana com a música contemporânea daquela época – um pouco de tropicália, um pouco de ritmo latino –, com um impacto muito forte", explicou à revista britânica Songlines.
A compositora criou ainda a editora Estrela do Mar, um capítulo que lhe trouxe um novo patamar de popularidade no país de origem, com Afropopbrasileiro (2001), disco cujo título expressa a sua identidade musical.
Lançado no início de 2025, o mais recente single, "Ramalhete de Flor", é uma prova segura de como os estilos tradicionais e contemporâneos definem de forma exemplar a carreira artística da cantora.
Igualmente reconhecida pelo público através da televisão e do grande ecrã, Margareth Menezes vai estar à solta no LAV, em Lisboa, no dia 20 de Outubro.
Os bilhetes têm o valor de 30€ e já estão disponíveis na Ticketline.
© this is ground control | Foto:D.R.
Natural de Lagos, Marta Lima é uma das vozes emergentes da nova música portuguesa. Depois de conquistar público e crítica com os EPs Murmúrio (2023) e Postal em Branco (2025), que já somam milhares de streams, e de passar por palcos de grande dimensão como o NOS Alive, Festival F e Vodafone Paredes de Coura, a cantora regressa...
A FATACIL, em Lagoa, um dos maiores palcos culturais e populares do Algarve, recebe este sábado, 30 de agosto, uma banda que marcou várias gerações da música portuguesa. Com quase quatro décadas de carreira, sucessos que se tornaram hinos e uma energia que continua a conquistar plateias, os Delfins regressam a este certame, 29 anos depois da sua...
O nosso convidado é Bruno Sobral, o músico e produtor que dá vida a Tsunamiz, um dos projetos mais originais e independentes da cena musical portuguesa. Ao longo da última década, construiu um percurso singular: sete álbuns editados, dezenas de singles e um estilo inconfundível que cruza indie pop, rock alternativo, música eletrónica, hip hop e...
De regresso a Portugal — que tanta veneração lhes tem prestado nos últimos 30 anos —, para a apresentação do novo disco "Soft Tissue", a 26 de julho, no Ageas Cooljazz, os Tindersticks falam do passado, do futuro e… da complicada arte de fazer camisas. Nesta entrevista e em palco, a voz, inigualável, é de Stuart Staples, claro.