Oranssi Pazuzu, Amnera, Envy, Jo Quail, Telepathy e Wolves in the Throne no Amplifest 2021
São seis os nomes que se juntam, hoje, ao alinhamento deste ano do Amplifest 2021. Pelo Hard Club, no Porto, passarão, entre 8 e 10 de Outubro, Oranssi Pazuzu, Amnera, Envy, Jo Quail, Telepathy e Wolves in the Throne. As novas confirmações juntam-se aos já anunciados Cult of Luna, Caspian e Holy Fawn e servem de mote para o lançamento de nova leva de venda de bilhetes ao preço final de 115 euros. Os mesmos poderão ser adquiridos unicamente online através de amplificasom.com.
No ano em que celebra 15 anos, a Amplificasom reafirma o Amplifest um espaço de reencontro com o potencial transformador da música, desenhando um cartaz que se destaca pela diferença, pela estreia e pelo regresso de alguns dos mais interessantes e incontornáveis criadores nos espectros mais pesados da música.
Um género particularmente estanque e averso à mudança como o black metal pode parecer, à primeira vista, um território improvável para o despontar de inovações artísticas de destaque, mas são inúmeros os exemplos que contradizem esta hipótese. Destes, os finlandeses Oranssi Pazuzu são um dos casos mais notáveis: ao longo de uma carreira que compreende já cinco registos de longa duração, têm vindo a construir uma obra ímpar, onde a linguagem do black metal é subvertida aos princípios da psicadelia e do experimentalismo. O colectivo apresentará Mestarin Kynsi, que se afirmou como um dos mais importantes e relevantes álbuns de 2020, tanto para a imprensa especializada, como para o público do Amplifest, que elegeu os Oranssi Pazuzu como um dos nomes mais desejados para o cartaz desta edição.
Os Amenra fazem parte de um muito restrito grupo de criadores: aqueles cuja arte é genuinamente transcendente, capaz de nos transportar a um lugar que até ali desconhecíamos - especialmente quando a experienciamos durante uma das suas actuações, onde a sua música, forjada a partir das mais lancinantes extremidades do sludge e do doom, atinge um patamar extra-humano. Após um longo período em que estivemos privados do arrebatamento proporcionado pela música ao vivo, a quarta presença dos Amenra no palco do Amplifest afigura-se como a mais necessária de sempre. Para este reencontro com a sua amplifamília, os belgas trarão consigo o sucessor do aclamado Mass VI, a editar nos próximos meses.
A estreia em Portugal dos incontornáveis Envy peca apenas por tardia, dada a imensurável importância de que a obra dos nipónicos se reveste em diversas vertentes musicais, do hardcore, ao screamo ou post-rock. Formados em 1992, e através de sete álbuns e dos splits com Thursday e Jesu, entre outros, os Envy materializam, através da sua música, um equilíbrio perfeito entre a intensidade, o peso, e a emoção. Apresentando o mais recente álbum The Fallen Crimson, e com o icónico vocalista Tetsuya Fukagawa de regresso à formação do sexteto, os Envy prometem criar alguns dos momentos mais memoráveis desta edição do Amplifest.
Jo Quail é uma compositora e violoncelista de Londres, cujo trabalho (a solo ou ao lado de bandas, orquestras e coros) tem sido mundialmente aclamado. Combinando um virtuoso domínio do seu instrumento com técnicas inovadoras de looping, a sua música é complexa e evocativa, atravessando livremente as fronteiras entre géneros e transportando o público a territórios desconhecidos durante os seus concertos. O seu estilo exuberante e celebrativo fez Jo Quail conquistar uma audiência que ultrapassa o mundo da clássica contemporânea, coleccionando seguidores oriundos das esferas do pós-rock, do metal e da electrónica. Estreia-se em Portugal em outubro no Amplifest 2021.
É com um denso cruzamento entre o sludge, o black metal e o post-rock que os Telepathy têm vindo a despontar no panorama da música pesada instrumental; o álbum Tempest, editado em 2017, levou o quarteto a realizar diversas tours, bem como aos palcos de diversos festivais de referência. O trabalho sucessor, Burn Embrace, lançado em 2020 pela incontornável Svart Records, consolidou os Telepathy como um nome a manter no radar. Será este o foco da sua apresentação no Amplifest, no que constituirá a sua estreia no nosso país.
Depois da estreia nacional via Amplificasom no já longínquo ano de 2009, o regresso dos Wolves In The Throne Room aos nossos palcos é um dos mais esperados e requisitados pelo público do Amplifest. Autores de obras ímpares de black metal moderno como Two Hunters, Black Cascade ou o mais recente Thrice Woven - discos em que o black metal de toada kvlt é forjado e reforjado até à sublimação, resultando nas fumegantes atmosferas opressivas que se tornaram quase um sinónimo do movimento USBM. Os Wolves In The Throne Room subirão ao palco do Amplifest para protagonizar um dos mais intensos e catárticos momentos do festival.
Mais nomes e novidades serão anunciados nos próximos meses.