O presente e o futuro da música e da cultura em debate no MIL 2022

O MIL revela o seu programa de convenção e os primeiros profissionais internacionais já confirmados para edição que acontece nos dias 28, 29 e 30 de setembro: Kigo Elosegui, manager de C. Tangana, Andrew Ogun, Agent of Change no Arts Council Wales, Ammo Talwar, presidente da UK Music Diversity Taskforce, Kaitlyn Davies, especialista da web 3.0, e Kay Wrate, diretora da WARP Publishing, entre os destaques de programação.
O programa de convenção do MIL divide-se em 4 summits, cada um com um conjunto de atividades dedicado a uma das seguintes temáticas: indústria da música; políticas culturais; economia noturna; acessibilidade, ética e sustentabilidade.
Assim, serão tema de debate de cada summit:
Os desafios que a nova música enfrenta para conquistar espaço e público, a saturação do mercado dos festivais, a redefinição do conceito de editora, a internacionalização da música regional, as mulheres e minorias género no agenciamento de artistas e o booking em tempos crescente consolidação das estruturas da música ao vivo.
O papel das políticas culturais nas cidades em transição, os obstáculos atuais à mobilidade cultural, a importância de quantificar o impacto da cultura na sociedade, o potencial revolucionário da arte participativa e as práticas de remuneração de artistas e criadores.
A ação transformadora da cultura de clube, a importância da governança noturna para o desenvolvimento de cidades 24 horas, a criação de espaços mais seguros e livres de discriminação e assédio, a segurança em contexto de lazer noturno e a redução de danos no consumo de drogas,
A criação de eventos de música ao vivo acessíveis para pessoas com deficiência, as implicações éticas da transição digital, o potencial da web 3.0 para a música, a importância da recolha de dados sobre diversidade e as estratégias para a sustentabilidade ambiental no setor cultural.
O programa de formação do MIL apresenta 3 masterclasses: Kigo Elosegui orienta uma aula teórico-prática sobre a criação de identidade e awareness global e local para os artistas, a partir da sua experiência enquanto manager de artistas como C. Tangana e Alizzz; Kaitlyn Davies introduz-nos à anunciada "revolução" da web 3.0, antecipada por um workshop de criação de um NFT; Tiago Fortuna e Jwana Godinho, fundadores da Access Lab, apresentam uma formação sobre como criar eventos acessíveis para pessoas com deficiência e Surdas.
São também 3 as keynotes do festival: a primeira é protagonizada por Andrew Ogun, nomeado Agent of Change do Arts Council do País de Gales em 2021 e co-organizador do movimento Black Lives Matter Gwent, que partilha como chegou a esta posição e o que representa para alcançar a justiça e a igualdade no setor das artes. O segundo momento de keynote do MIL é com Lenny Watson, fundadora da Sister Midnight, associação e a primeira sala de programação comunitária em Lewisham, bairro nas margens de Londres. Lenny debruça-se sobre o modelo de salas de programação cultural comunitárias e a sua relação com os locais, o território e os processos de governação. A terceira keynote junta Puta da Silva e Rodrigo Cuevas, activistas e agitadores da música popular e folk numa conversa sobre a tradição e reinvenção da música popular atual.
De ano para ano, o MIL reforça o seu papel enquanto espaço networking, negócio e internacionalização dos artistas emergentes, reunindo, em Lisboa, centenas de profissionais internacionais das mais diversas áreas da música e da cultura. Este ano, já confirmaram a presença no MIL os festivais Bananada, BAM, BIME, bylarm, Monkey Week, Le Guess Who?, FiftyLab, MaMA Festival & Convention e Les Bars En Trans, as salas de programação de música Le Point Ephemere, fabric London, Sister Midnight, Future Yard, Sala X, Victoria Dalston, Dabadaba, FGO Barbara, File7 e Un Chien de ma Chienne, as editoras AWAL, WARP, [PIAS], The Orchard, SONY e Beggars e as agências BliP, Earth Agency e Ground Control. Representantes das organizações Arty Farty, VibeLab, Trans Europe Halles, femnoise, KEA European Affairs, Keychange, Attitude is Everything, Tamizdate, On The Move também vão participar no festival. Destaca-se ainda a vinda do Membro do Parlamento Europeu Benjamin Feyen, as participações de Marc Du Moulin, Secretário-Geral da European Composer and Songwriter Alliance (ECSA), e Ariel Palitz, diretora executiva do NYC Nightlife Office.
Os bilhetes PRO, que dão acesso à convenção e aos concertos, têm um custo de 40€ até ao dia 18 de setembro, período após o qual passam a custar 60€. Os bilhetes de estudante, que dão acesso ao programa de convenção, têm um custo de 10€.
Bilhetes e mais informações em millisboa.com