North Festival: 65 mil festivaleiros e impacto económico de 22M€

29-05-2024

Música e sustentabilidade. Estas foram apenas duas das grandes âncoras que marcaram a edição de 2024 do North Festival, evento que decorreu, pela primeira vez, no Parque de Serralves. O evento recebeu, ao longo de três dias, 65 mil festivaleiros e registou um impacto económico de 22 milhões de euros.

Segundo o estudo realizado no recinto do festival pelo ISAG – European Business School e pelo Centro de Investigação em Ciências Empresarias e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC), nesta edição – que decorreu a 24, 25 e 26 de maio –, os festivaleiros deslocaram-se, sobretudo, a partir dos concelhos de Braga (22,3%), Lisboa (12,6%) e Aveiro (9,7%). Entre os visitantes que se deslocaram de outros concelhos e mesmo do estrangeiro, 85,4% indicaram ter vindo ao Porto propositadamente para o North Festival, o que permitiu dinamizar o turismo local. Neste ponto, refira-se que os visitantes aproveitaram a vinda ao North Festival para descobrir a cidade com a visita ao centro histórico do Porto (34,3%), para realizar atividades gastronómicas (22,0%), para visitar monumentos/museus (15,2%), para fazer compras (14,9%) e para realizar atividades na natureza/ao ar livre (13,6%), entre outras.

O contributo estendeu-se ao setor hoteleiro, com os visitantes a pernoitarem na cidade do Porto, em média, três noites, tendo escolhido o hotel (30,2%) como espaço preferencial, seguindo-se a casa de amigos ou familiares (25%) e, ainda, o alojamento local (22,7%). O gasto médio, por dia, na cidade do Porto, foi de 433,09€. As deslocações e viagens foram as despesas mais significativas, por dia, (131,80€), seguindo-se o alojamento (88,06€), a participação em momentos de cultura ou lazer (67,03€), as refeições (65,85€) e as compras ou presentes (55,96€).

Ainda segundo este estudo, 18,4% dos festivaleiros tinham nacionalidade estrangeira, destacando-se, aqui, o Brasil (52,6%), Espanha (9,1%) e, ainda, a Alemanha (4,6%) como os principais países de origem.

O primeiro grande festival do ano conseguiu conquistar, ainda, novos públicos, destacando-se, aqui, que 83,6% dos inquiridos afirmou que estava a conhecer o evento pela primeira vez. Destes, 80,7% optou por adquirir bilhete diário. Refira-se, ainda, que os festivaleiros atribuíram a maior importância à possibilidade de ouvir música ao vivo e ao entretenimento e diversão proporcionados pelo festival (ambos com 4,5 valores numa escala de 0 a 5). A vontade de assistir aos concertos das bandas ou artistas nacionais e internacionais, bem como a apreciação da atmosfera do festival estiveram, também, expressivamente valorizadas (todos com um nível médio de importância atribuída de 4,4 em 5). A socialização com a família ou amigos e a fuga da rotina foram igualmente motivos relevantes na escolha do festival (ambos com 4,3 valores em 5).

O nível médio de satisfação global com o festival situou-se nos 4,3 valores (numa escala de 0 a 5), com destaque especial para a localização (Parque de Serralves) e para as bandas/artistas, pontos com um nível médio de satisfação de 4,3 valores. A organização do festival, a cenografia e a restauração registaram, também, um impacto significativo na experiência positiva dos visitantes, aspetos com uma média de 4,2 valores.

Com um grande compromisso no que diz respeito às causas sociais, o North Festival manteve as práticas sustentáveis na edição deste ano, salientando-se a associação à Re-Food, que visou combater o desperdício alimentar. Estas iniciativas foram aplaudidas pelo público e conquistaram um nível médio de satisfação de 4,3 – em 5 – para a parceria com o Re-Food, e de 4,2 – também em 5 – para a utilização exclusiva de copos reutilizáveis. No que se refere às iniciativas de sustentabilidade ambiental, a classificação geral fixou-se nos 4,2.

Os visitantes evidenciaram, também, o impacto do North Festival para a promoção da cidade do Porto. O nível médio de concordância com esta afirmação foi de 4,4 valores em 5. Do mesmo modo, destacaram o contributo do festival para a diversidade de experiências culturais (4,3 em 5) e desenvolvimento da identidade da cidade e do amor (brand love) associada ao Porto (4,2).

A experiência no festival superou as expectativas, com um nível médio de concordância de 4,1 em 5 relativamente à afirmação: "o festival está a correr melhor do que esperavam". Realça-se, também, a intenção de voltar e passar a palavra, com os inquiridos a apresentarem um nível médio de concordância de 4,2.

Na análise sociodemográfica, realizada no recinto, pelo ISAG e pelo CICET-FCVC, registou-se que 61,7% do público era do género feminino, com um nível de habilitações académicas de pelo menos licenciatura (70,3%). 79,4% dos festivaleiros referiu estar profissionalmente ativo. Já a média de idades situou-se nos 33 anos.

A 5ª edição do Lisboa Connection Fest irá realizar-se no dia 6 de outubro no Palácio Baldaya, em Benfica. Tim (Xutos & Pontapés), Kiko & The Blues Refugees, Gringo's Washboard Band e Ivo Palitos são os artistas confirmados.

Depois da fulgurante passagem pela edição deste ano do Rock in Rio Lisboa, onde atuou para 80.000 pessoas, Luísa Sonza regressa a Portugal para mais dois concertos. Ao já anúnciado concerto no Festival Authentica a 6 de dezembro em Braga junta agora uma nova data em Lisboa, onde atuará no dia 9 de dezembro no Sagres Campo Pequeno em Lisboa....

Nascidos em 1995, os Blasted Mechanism são uma banda atualmente composta por Valdjiu, Guitshu, Fred Stone, Riic Wolf e Ary. Com mais de uma dezena de discos editados, já conquistaram um Globo de Ouro e foram distinguidos com três nomeações para o MTV Best Portuguese Act.