MOXI é o disco de estreia de Toty Sa’Med

27-10-2022

MOXI, é o álbum de estreia de Toty Sa'Med, com produção executiva de Seiji e Kalaf Epalanga, que conhecemos dos Buraka Som Sistema ou da cooperação com Dino d' Santiago, e que promete dar a conhecê-lo junto da maioria do público.

"Mirmã" é o single destacado para acompanhar a chegada de MOXI.

"Mirmã é uma reflexão sobre a vulnerabilidade emocional de um homem ao admitir as suas fraquezas e a frustração de um amor não vivido em todo seu potencial e toda a sua plenitude, um homem que despe a capa de invencibilidade e reconhece que podia ter sido mais para alguém.

A nostalgia presente na canção é de quem revisita o tempo-espaço onde foi feliz e onde faltou maturidade e experiência para fazer resultar, arrependido por não ter feito melhor"

Toty Sa'Med

Apesar da juventude, Toty Sa'Med é uma referência da música feita em Angola há anos, mesmo com uma escassa discografia em nome próprio, mas basta perguntar a qualquer conhecedor mais informado sobre os nomes que compõem a novíssima geração que realmente interessa da música feita naquele território e ele surgirá como uma das principais referências, ao lado, por exemplo, de Aline Frazão ou de A' Mosi Just a Label.

O seu talento como cantor e multi-instrumentista é bem conhecido de quem já o viu em palco, com destaque para o virtuosismo com a guitarra, sendo requisitado para as mais diversas colaborações.

Nos últimos tempos o seu poiso tem sido Lisboa. É aí que tem arquitectado a sua música, combinando as sonoridades mais tradicionais angolanas, com uma elegância contemporânea, onde a sua voz quente, o rendilhado da guitarra, as letras que remetem para relatos do quotidiano ou estádios relacionais a dois, os arranjos luminosos ou os ritmos sensuais, compõem uma totalidade singular. Por vezes é intimista e envolvente, cantando palavras de forma calorosa, tanto num português cristalino, como recorrendo a expressões angolanas, deixando-se levar pelo balanço sensorial da música, sendo capaz de nos transportar tanto para as noites quentes de Luanda, como para a Lisboa dos recantos afro-cosmopolitas, ou para as avenidas urbanas tingidas de funk do Rio de Janeiro ou de Nova Iorque. É de uma nova soul kaluanda, de que aqui que se fala. Uma procura de um renovado idioma com paixão.

Sony Music | Foto:D.R.

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