O filme Banzo, da realizadora Margarida Cardoso, foi escolhido para representar Portugal na categoria de Melhor Filme Internacional da 98.ª edição dos Óscares, cuja cerimónia terá lugar em março de 2026, em Hollywood, Los Angeles (EUA).
Menino Manequim lança o seu primeiro álbum, ''Gula''
03-04-2025
Iniciaram este caminho Gonçalo Almeida, Guilherme Sequeira, Kenny Caetano e Henrique Oliveira, em agosto de 2022 – os nomes dos quatro elementos que formam Menino Manequim. Primeiro, juntaram-se o Menino Henrique (baixo elétrico e voz) e o Menino Gonçalo (bateria e voz), dois amigos famintos, sedentos e ansiosos por fazer música tão subtil quanto exagerada, assente no rock progressivo.
Com a base construída, junta-se o Menino Guilherme (guitarra elétrica e voz) e, mais tarde, o Menino Kenny (saxofone e voz). Com eles, a roupagem musical do grupo expande-se para a fusão, jazz e hip-hop – uma consequência inevitável, dada a diversidade musical de cada elemento.
Com a formação definitiva, deram a conhecer ao mundo 'Escravos', 'Peso Certo' e 'Estranhos'. Agora, Menino Manequim lança o primeiro álbum 'Gula', onde a focus track é 'Estranhos',acompanhada de um videoclipe, sendo assumidamente a primeira faixa que compuseram os quatro juntos, de raíz.
Definem-se como uma "brincadeira divertida entre amigos que brincam com brinquedos barulhentos" e longe disso não estão. Certo é que o barulho que surge desta brincadeira e junção é bastante eclético e cativante, como podemos comprovar em cada faixa de 'Gula'.
"Fruto dessa transformação sonora com a entrada de novos elementos, muito trabalho foi feito para que a voz pudesse partilhar melodias com o saxofone. Ao mesmo tempo, o número de vozes também permitiu que as harmonias se tornassem mais ricas. A guitarra, por sua vez, trouxe maior suporte harmónico, assim como outras texturas. Já o saxofone injetou novas sensibilidades rítmicas, para além de um timbre tão jazzístico quanto de fusão",conta-nos a banda sobre o processo criativo.
O álbum 'Gula' retrata um conjunto de reflexões sobre um individualismo neo-liberal trágico, no qual a ubiquidade do "eu" é tal que, mesmo a sua crítica, é apenas uma armadilha para a sua reificação (Escravos). Menino Manequim é então uma figura em permanente tensão, que tanto quer ser admirado do outro lado da vitrine (Manequim I), como tenta quebrá-la, para se fazer sujeito próprio, satisfazendo a sua 'Gula' por outro mundo, para além de si mesmo (Entre).
Conta com faixas da autoria de Menino Manequim, produção e misturas de Rui Galveias e masterizações de Guilherme Gonçalves.
O Menino, chamemos-lhe assim, já tocou em vários espaços como Fábrica Braço de Prata, BOTA, Titanic, Centro Cultural Malaposta, entre outros.
Por agora, podem e devem ouvir em todas as plataformas digitais, onde o álbum de estreia da banda já se encontra disponível.
Teresa Lemos | Foto:D.R.
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