Guimarães Jazz 2020 contou com efervescência criativa e talento de mais de uma centena de músicos

30-11-2020

O internacionalmente reconhecido festival de jazz aconteceu pela 29ª vez em Guimarães, apresentando no Centro Cultural Vila Flor e no Centro Internacional das Artes José de Guimarães um conjunto de 9 concertos realizados entre 12 e 22 de novembro. Cerca de 1200 pessoas (ou)viram o jazz ao vivo em Guimarães ao longo de uma edição com essência de talento português (com mais de 100 músicos, maioritariamente portugueses e alguns estrangeiros a viver em Portugal) a apresentar-se em formações inéditas com novos projetos a estrear em Guimarães, numa edição repleta de novidades e com forte ligação à história do jazz. Constituiu-se desta forma uma oportunidade para o jazz e a música se afirmarem na incerteza do presente, explorando os desafios do tempo e inventando soluções que lhe permitiram alargar horizontes. 

Um festival que se escreveu com inspiração e superação, dos artistas, do público, de todas as equipas que o levantaram e fizeram acontecer. Todos movidos pela energia da arte e da cultura, e desta forma tão universal que é o jazz. Uma 29ª edição refletida no aftermovie agora publicado em guimaraesjazz.pt e nas redes sociais d'A Oficina. E da mesma força irá nascer a 30ª edição do festival que nas últimas décadas tem marcado a cidade, o país e o além-fronteiras, com nascimento já agendado para 2021, entre os dias 11 e 20 de novembro. 

A edição deste ano do Guimarães Jazz aconteceu num momento particular, percorrendo um cenário de grandes incertezas. Numa operação que confirmou ser possível a produção de espetáculos em sala, com público, garantindo todas as regras de prevenção e segurança definidas pelas autoridades de saúde. Apresentando-se num formato e horários novos - sempre às 19h30 nos dias de semana e às 10h30 ao fim de semana -, todos os concertos revelaram projetos inéditos protagonizados por nomes como Pedro Melo Alves' Omniae Large Ensemble, Julian Argüelles, Radiohead Jazz Symphony, Orquestra de Guimarães, Andy Sheppard, Sonoscopia, Porta-Jazz, Big Band da ESMAE, Gabriel Ferrandini, João Barradas, Demian Cabaud, César Cardoso, entre muitos outros. 

Um festival que ficará gravado na memória certamente pelo que foi apresentado em palco, mas igualmente pelas circunstâncias em que decorreu e se tornou realidade. Um trabalho não apenas desenvolvido por parte d'A Oficina como entidade organizadora, em conjunto com o município de Guimarães e o Convívio - Associação Cultual, mas também pelo público, que respondeu positivamente tanto ao cumprimento das regras, como a todas as alterações de hábitos, esgotando a lotação em alguns espetáculos e cumprindo de modo exemplar todas as instruções de segurança. Uma experiência claramente positiva que foi demonstrativa da possibilidade da continuidade do trabalho de fazer acontecer a arte, levando-a a todos os que com ela se queiram encontrar, facilitando e promovendo o acesso à cultura. E o (desejado) reencontro acontecerá no próximo outono em Guimarães, de 11 a 20 de novembro, para nos religarmos às vibrações do jazz.

A Oficina  | Fotos: Os Fredericos

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