Florito convoca Djodje para uma ambiciosa colaboração em ''Dalilah''

05-11-2023

Florito e Djodje na mesma faixa. "Dalilah" é fruto da veia criativa de Florisberto Mbemba, potenciada por Fernando Jorge Marta. Assim, numa conexão entre Angola e Cabo Verde — ou entre Namíbia e Portugal, se tivermos em conta as suas respetivas sedes —, o prodigioso talento do afrobeat feito a partir de Windhoek cruza-se com a experiência do já veterano da cidade da Praia que lidera a cena afro-pop ao fim de duas décadas de carreira.

O resultado acaba por ser uma fusão em que os papéis se invertem: por um lado, há em Florito uma maturidade artística assinalável para quem, para todos os efeitos, ainda está numa fase ascendente da sua jornada; e, por outro, a frescura de Djodje, sempre predisposto à reinvenção, descarta o peso de uma bagagem de praticamente vinte anos nestas andanças.

Agora, enquanto um tem já o seu nome firmado na lista das grandes referências, o outro ainda para lá caminha. E pernas para andar não lhe faltam, sublinhe-se. Desde que se apresentou com "Tamagotchi", em meados de 2014, que o seu potencial se revelou evidente. "HOT" (2016), "Ginger" (2018), "Pull Up" (2019) ou "Kitoko" (2020) foram sucessivas provas dadas dessa capacidade em desenvolvimento. E "Stamina" (2022), a sua primeira colaboração internacional (com BNXN aka Buju), abriu-lhe portas a um novo patamar dentro da cena afrobeat — tema que conquistou, aliás, um lugar no top 50 de músicas mais ouvidas no berço deste movimento musical.

Hoje, aos 27 anos, Florito é uma promessa em pleno cumprimento, ele que se tornou um verdadeiro parceiro de Rema, e a quem Wizkid reconheceu um valor incontornável — falamos de duas das maiores entidades da música nigeriana actual. Esse reconhecimento dos grandes não o tem feito, porém, tirar o pé do acelerador, desde a "Stamina" que imprimiu no ano passado à "Lisabonna" que se propõe, também, a conquistar já este ano. "Dalilah", com um aliado de peso, é mais um passo importante nessa missão.

Universal Music

O nosso convidado é Bruno Sobral, o músico e produtor que dá vida a Tsunamiz, um dos projetos mais originais e independentes da cena musical portuguesa. Ao longo da última década, construiu um percurso singular: sete álbuns editados, dezenas de singles e um estilo inconfundível que cruza indie pop, rock alternativo, música eletrónica, hip hop e...

De regresso a Portugal — que tanta veneração lhes tem prestado nos últimos 30 anos —, para a apresentação do novo disco "Soft Tissue", a 26 de julho, no Ageas Cooljazz, os Tindersticks falam do passado, do futuro e… da complicada arte de fazer camisas. Nesta entrevista e em palco, a voz, inigualável, é de Stuart Staples, claro.

Aos 17 anos, Afonso Silva é já uma das vozes mais promissoras da nova geração da música portuguesa. Natural de Portimão, o jovem cantor e compositor deu os primeiros passos no fado — género que ainda hoje marca a sua forma intensa de interpretar — e tem vindo a construir um percurso artístico que cruza música, teatro e dança.

Naturais de Portimão e irmãos na vida real, Francisco e Afonso Monteiro — conhecidos artisticamente como Franxi e Montero — são uma das vozes emergentes mais singulares da nova música urbana portuguesa. Com uma estética que cruza trap, afrobeats e eletrónica, a dupla procura muito mais do que apenas criar canções: quer contar histórias, criar...