A Zona
Histórica de Loulé voltou a ser palco de um dos mais vibrantes festivais de
World Music da Europa, com a 21.ª edição do Festival MED a oferecer, entre 26 e
29 de junho, um total de 90 horas de música, distribuídas por 54 concertos e
mais de 300 músicos, oriundos de cerca de 30 nacionalidades, espalhados por 12
palcos.
Este ano,
Cabo Verde foi o país convidado, trazendo consigo a alma das ilhas, com mornas,
funaná, cachupa, tabanca, pano di terra e até o tradicional grogue, num
verdadeiro mergulho cultural que encantou os milhares de visitantes.
A abrir o
festival, a 25 de junho, Ceuzany brindou o público com um concerto de entrada
livre, dando o mote para quatro dias de celebração multicultural. Dino
D'Santiago & Os Tubarões, Virgem Suta, Paulo Flores, Filipe Sambado, Queen
Omega, Milhanas, Mitsune, Sílvia Pérez Cruz & Salvador Sobral,
Stereossauro, Ferro Gaita e Carminho foram alguns dos nomes que brilharam nos
diversos palcos do MED.
Para além da
música, o festival voltou a integrar outras expressões artísticas, como artes
plásticas, poesia, cinema ou teatro, embora a música tenha sido, uma vez mais,
o coração da programação.
O momento
alto do último dia foi o concerto de homenagem a Sara Tavares, que juntou no
palco a Banda da Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva de Loulé, Shout!,
Banda Mau Feitio, Ligia Pereira e Nancy Vieira, recordando o legado da artista de
origem cabo-verdiana.
Em 2025, ano
em que Cabo Verde celebra os 50 anos da independência, a escolha do arquipélago
como país convidado ganhou ainda maior simbolismo, sublinhando os laços de
amizade e partilha cultural com Portugal.
O Festival
MED, que transformou novamente as ruas e praças de Loulé num verdadeiro
arquipélago de culturas, reforça assim o seu estatuto de referência no circuito
europeu de música do mundo, atraindo cada vez mais público nacional e
internacional à capital da diversidade cultural algarvia.