O Festival F
atingiu, na sua 10.ª edição, a maturidade. Uma década depois da estreia, o
evento que se tornou marca identitária da cidade de Faro ultrapassou a barreira
dos 400 mil espetadores, mas a organização sublinha que o verdadeiro valor já
não se mede em números. O impacto comunitário, o sentimento de pertença e o
reencontro anual com a música portuguesa são hoje a essência do Festival F.
Pela
primeira vez, a programação estendeu-se a quatro dias, transformando novamente
a Vila Adentro no epicentro da música nacional. Mais de uma centena de atuações
trouxeram ao público a diversidade, a vitalidade e a qualidade da produção
musical portuguesa, reforçando o estatuto do Festival F como um dos mais
relevantes eventos culturais do país e património vivo de Faro.
"Mais do que
um festival, o F é um símbolo identitário de Faro, um legado que transformou a
cidade, o centro histórico e a forma como vivemos a cultura", sublinham os
organizadores.
Desde a sua
edição inaugural, em 2014, o Festival F cresceu de cinco para nove palcos, de
dois para quatro dias, contabilizando mais de 500 concertos. Em dez anos, cerca
de 400 mil festivaleiros passaram pelo evento, comprovando a aposta na música
portuguesa e na criação de uma experiência cultural única.
Paulo
Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, recorda a génese do
projeto:
"O Festival
F nasceu em 2014 de um sonho distante partilhado por mim, pelo Joaquim
Guerreiro e pelo Vasco Sacramento, e prontamente abraçado por uma equipa
dedicada. Passados dez anos, o F consolidou-se, e esta décima edição, a
primeira com quatro dias, recheada de momentos extraordinários, deixa-nos com
uma absoluta certeza: a de que esta história, conjunta, de Faro e da música
portuguesa, não vai ficar por aqui."
A edição de
2025 foi marcada por concertos memoráveis de nomes consagrados e emergentes
como Buba Espinho, Edmundo Inácio, Ana Moura, Bárbara Bandeira, Diogo Piçarra,
Dino D'Santiago acompanhado pela Orquestra Clássica do Algarve, Ana Bacalhau,
Sara Correia, Pedro Abrunhosa, Os Quatro e Meia, Nena e Jéssica Pina, entre
muitos outros.
O cartaz
plural e inclusivo demonstrou mais uma vez o compromisso do Festival F com a
diversidade artística, abrangendo música, artes performativas, tertúlias,
programação infantil, exposições, mercado de autor e instalações artísticas.
Organizado
pela Câmara Municipal de Faro, Teatro das Figuras, Ambifaro e Sons em Trânsito,
o evento contou ainda com o apoio de patrocinadores e parceiros de media como
Sagres, Galp, RTP e Rádio Comercial.
Ao fim de
dez anos, o Festival F já não é apenas um festival: é uma celebração da música
portuguesa, um espaço de encontro e um símbolo que coloca Faro no mapa da
cultura nacional.