Eric Clapton edita ''The Definitive 24 Nights'' com horas de gravações inéditas

O Royal Albert Hall é a casa de Eric Clapton em Londres. Desde a sua estreia com os Yardbirds, em 1964, Eric Clapton atuou mais de 200 vezes no Royal Albert Hall, mais do que qualquer outro artista.

Clapton também tem o recorde da maior série de concertos no Royal Albert Hall. Alcançou-o em 1990, com 18 concertos, mas bateu-o no ano seguinte, com 24 concertos, que foram dos mais ambiciosos da sua carreira. Em cada noite, Clapton interpretou temas de toda a sua carreira com uma banda de rock ou uma banda de blues ou, ainda, uma orquestra dirigida por Michael Kamen. Kamen tinha colaborado anteriormente com Clapton nas bandas sonoras de Lethal Weapon e na série televisiva Edge of Darkness. Antes da sua morte prematura, em 2003, Kamen foi um importante compositor de bandas sonoras para o cinema e para a TV, incluindo para filmes como X-Men, Die Hard e Band of Brothers.

Em 1991, para comemorar o seu recorde, Eric Clapton editou 24 Nights. Este álbum duplo e vídeo incluiu grandes atuações, mas cobriu apenas uma pequena parte de tudo o que foi gravado e filmado naquelas noites.

No dia 23 de junho, a Warner Records vai lançar uma versão mais alargada dos concertos: THE DEFINITIVE 24 NIGHTS. Esta caixa em edição limitada inclui quase seis horas de música ao vivo, e 35 atuações até agora apenas vistas por quem teve a possibilidade de assistir aos concertos. Esta antologia dos concertos de Eric Clapton no Royal Albert Hall em 1990-1991 usa as melhores atuações dos concertos de rock, blues e com orquestra e recria concertos inteiros de cada um destes géneros musicais.

Todo o áudio e vídeo incluídos em THE DEFINITIVE 24 NIGHTS foram minuciosamente restaurados e atualizados pela equipa de Clapton: Simon Climie (produção e mistura de áudio), o produtor Peter Worsley (Slowhand at 70 e The Lady In The Balcony), e o realizador David Barnard (The Lady In The Balcony).

THE DEFINITIVE 24 NIGHTS estará disponível em 23 de junho, nos formatos 6 CDs ou 8 LPs. Ambas as versões incluem três discos Blu-ray, um livro e uma litografia numerada com uma fotografia de Clapton da autoria de Carl Studna.

No dia 23 de junho serão também lançadas versões dos concertos – 24 Nights: Rock, 24 Nights: Blues, e 24 Nights: Orchestral – nos formatos 2 CD/1 DVD ou 3 LPs (rock e com orquestra), e 2 CD/1 DVD ou 2 LPs (blues).

Clapton rodeou-se de músicos superlativos para as atuações incluídas em THE DEFINITIVE 24 NIGHTS, entre os quais, Johnnie Johnson, Jimmie Vaughan, Chuck Leavell, Phil Collins, Robert Cray, Buddy Guy, Albert Collins, Nathan East, Greg Phillinganes, Steve Ferrone, Ray Cooper e Jerry Portnoy.

No concerto rock, Clapton tocou muitos dos seus clássicos, incluindo "Sunshine Of Your Love", "Can't Find My Way Home", "Layla" e "Wonderful Tonight." Outros momentos especiais são as versões de "Crossroads", e uma versão reggae de "Knockin' On Heaven's Door" com Phil Collins na bateria. Clapton tocou temas de seu álbum de estúdio mais recente na altura (Journeyman, de 1989), incluindo os clássicos "Pretending", "Running On Faith" e "Bad Love."

O concerto de blues, que contou com Buddy Guy, Albert Colins e Robert Cray como convidados especiais, foi uma verdadeira aula com versões espantosas de clássicos como "Key To The Highway", "Sweet Home Chicago", "Black Cat Bone" e "Reconsider Baby."

O concerto com orquestra é o mais singular. A banda de Clapton, com nove elementos, foi acompanhada pela National Philharmonic Orchestra, dirigida pelo lendário compositor Michael Kamen. Esta parceria deu origem a orquestrações espantosas em "Layla," "White Room", "Bell Bottom Blues", "I Shot The Sheriff", "Lay Down Sally", entre outros temas.

O momento mais especial do concerto com orquestra – e talvez da antologia – é "Concerto For Guitar," uma obra inédita com 30 minutos de duração composta por Kamen para Clapton e que foi estreada no Royal Albert Hall. Nas notas que acompanham a caixa, o jornalista David Fricke escreve sobre a versão incluída na antologia: "A meio desta versão de 1991, Clapton começa a tocar como se estivesse a ser perseguido pelo resto dos Cream – de modo simultaneamente melódico e louco – enquanto Kamen faz eco deste fermento nos violinos e no baixo".

Warner | Foto: Direitos Reservados