Entrevista com Mário Mata

04-03-2022

Surgido em plena fase de ebulição da música popular portuguesa, em 1981 (entre o "Ar de Rock", de Rui Veloso, e "Por Este Rio Acima", de Fausto, que ficaram como marcos essenciais desse período), Mário Mata afirmou-se desde cedo como prossecutor de uma estética popular moderna, através de uma linguagem muito próxima do quotidiano, sem desleixar as preocupações estéticas nem se render a facilitismos.

"Não Há Nada Pra Ninguém" foi o primeiro grande êxito deste músico, e marcou toda uma geração. Ao misturar a música de raiz popular com as tonalidades do pop/rock, Mário Mata conseguiu criar um estilo próprio e deixar a sua marca na música portuguesa do último quartel do século XX.

Depois de mais dois discos num registo semelhante ("Não Mata Mas Mói", 1982, e "Deix'ós Poisar", 1988), faz um primeiro grande intervalo nas gravações, a que só regressa oito anos depois, em 1994, com o álbum "Somos Portugueses".

Os resultados comerciais foram surpreendentes e grande parte dos temas foram sucessos («Somos Portugueses»; «Há dias de manhã», «Vamos lá falar», «Lá vou eu pra cidade», «Sou do Contra», «Faz-te à vida»).

Em 2004 volta à edição discográfica, com o cd «Dupla Face», onde procura trilhar novos caminhos.
Sete anos depois, mais um registo discográfico, "Sinais do Tempo", com um novo lote de canções, fazendo-se acompanhar por um naipe de músicos de primeira água, e mantendo-se sempre fiel às características que melhor lhe conhecemos.

Em 2014, sob o pseudónimo The Night Street Band, o cd "Amber Dawn" atinge alguma notoriedade na Africa do Sul, Japão e em duas rádios de Boston (USA).
E quando menos se esperava que regressasse, eis que aparece através da mão do guitarrista e produtor Chico Martins, o José Cid na vida do Mário Mata. E em 2016 pela mão do próprio Cid (que assina a produção) surge o CD "Regresso", misto de temas antigos renovados e alguns originais que trouxeram de volta o "velho" Mário, renovado, mas fiel àquilo que sempre foi: um espírito rebelde e insubmisso, atento, mas nunca venerador, nem obrigado.

Desde 2016 que Mário Mata tem participado nas tournées do seu amigo José Cid com grande sucesso.

Em 2021, regressou à edição de músico com o single "Pouco Me Importa", editado pela Glam Music.

Em 2022, lança o novo álbum "X".

Texto: Glam Music | Entrevista: Ricardo Coelho

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