Entrevista com Kumpania Algazarra

19-10-2023

Os Kumpania Algazarra estão de volta com um novo disco, que dá o mote para as celebrações dos seus 20 anos de carreira, que se assinalam em 2024.

Histórias e Raízes é o décimo disco do coletivo Kumpania Algazarra e é um álbum que conta diversas histórias, algumas comuns a todos nós, outras vividas pela banda ao longo da sua já preenchida carreira.

Este novo disco está também ligado às "nossas" raízes, no sentido multicultural do termo. Os temas mostram que não há barreiras para os Kumpania Algazarra, que viajam entre o tradicional e o hip hop, o fado e a música popular, o balkan e o rock, sem nunca abdicar do cunho particular que os caracteriza.

Histórias e Raízes conta com a participação de vários convidados, que representam uma diversidade sonora, como o rapper do Zimbabué, Synik, JP Simões, Célia Ramos, Estraca e Jaqueline Carvalho nas vozes, Tiago Morna na guitarra portuguesa, Rui Carvalho nas vozes e acordeão, Carlos Godinho na guitarra, Marcelo Almeida na gaita de foles, Nuno Salvado no acordeão, o sérvio Dejvid Bajramovic e o macedônio Isidor Zecirovic nos trompetes. Esta mescla de participações resulta num disco multicultural que assinala a maturidade de uma banda com 20 anos de história.

O Som Direto esteve à conversa com Luís Barrocas (guitarra, saxofone e voz):

Luís, 20 anos é muito tempo. Que balanço fazes destas duas décadas de banda?

Um balanço positivo, foi uma grande estrada, temos aprendido muito, temos conhecido também muitos bons músicos em Portugal e noutros países. Tem sido assim uma grande aprendizagem para nós, também ver a nossa hortinha crescer e ver que as pessoas dão-nos força e apoiam-nos, seja a dançar, seja a divertirem-se. Tem sido uma grande caminhada, mas o balanço é bastante positivo. Só temos a agradecer nesse sentido.

"Histórias e Raízes" é o vosso recente trabalho discográfico, que disco é este e o que podemos encontrar nele? Acima de tudo é um disco de celebração de 20 anos?

Sim, é um disco de celebração de 20 anos, foi também uma aposta e uma abordagem às raízes da nossa música portuguesa, uma fusão com o que é a Algazarra em si, também é um pouco a música do mundo e desta vez fizemos assim, uma abordagem para tentar englobar as nossas raízes portuguesas neste álbum. Temos alguns convidados dentro da própria música portuguesa com instrumentos, também alguns mais antigos, outros mais modernos, a gaita-de-foles, introduzida em dois temas, a guitarra portuguesa, que é muito característica, e outros cantores, como o JP Simões, que também é conhecido da nossa música, Jaqueline Carvalho, que é uma fadista que já conhecemos desde há muitos anos, e conseguimos tê-la como participante. Temos o Synic, que foi um rapper de Zimbábue que apareceu e veio dar uma cor exótica a uma das músicas, o "Anda comigo ver o mar", e tem sido uma grande aprendizagem, uma partilha entre todos os músicos com raiz portuguesa, que também espalhou para o mundo e nós sentimos um pouco isso, que através destas raízes de pesquisa conseguimos também alargar para os sete continentes e, assim um pouco de uma grande aventura.

"Olha o Burro" é o novo single, para além de muito animado serve também para passar uma mensagem, não é assim?

É sim. O "Burro" a música e a letra foi feita com o Rui de Carvalho, que é um senhor que já anda na música desde os 15 anos, trouxe-nos uma grande cultura também da parte popular e assim fizemos um tema mais popular. A mensagem é muito simples… com a nossa veia, também de comerciante e algum subconsciente, temos sempre aquela tendência, somos enganados e depois, na vingança, queremos que nos devolvam o engano, digamos, andamos um bocado no misto do ser enganado ou enganar, pronto, a música do burro é um pouco isso, que vai buscar esses pequenos percalços que até se podem tornar engraçados, levados com humor, e é assim. Qualquer um de nós pode ser o burro em qualquer momento da vida, não estamos livres, é só um aviso para se estar mais atento às coisas, mas é um tema bastante divertido.

Com o novo álbum chegam novos concertos e alguns fora do país.

Sim, agora o nosso álbum vai estrear na Finlândia, vamos fazer assim como um "test drive" de começar a tocar o alinhamento deste novo disco e depois vimos dia 26 de outubro aqui ao B.Leza em Lisboa apresentar já com um pouco mais de confiança e garra e também com os convidados para celebrar estes 20 anos com os nossos amigos e fãs, e se quiserem estar presentes no dia 26 de outubro no B.Leza, lá estaremos para tentar fazer mais uma festa inesquecível.

Os vossos concertos continuam a ser uma festa em palco ou na rua, mesmo 20 anos depois? São como o vinho do Porto?

Parece que sim… estou a brincar, não sei…, acho que nós vivemos muito a nossa música, como é uma música de festa, e a música que sai, tem muito dessa parte do improviso e da vida com o público. Então, seja na rua, seja num palco, onde temos as pessoas à frente, estamos a festejar com elas. E é aquele contágio, contagiamos e somos contagiados, é sempre um misto de boa disposição, digamos.

Para 2024 o que é que podemos esperar da Kumpania Algazarra?

Ui, em 2024 espero que vão ouvindo bastante, de momento não tenho a agenda de 2024, mas acho que se está a compor, estamos a contar ter bastantes concertos e bastantes sítios onde podemos ir partilhar a nossa música, tanto em Portugal como lá fora.

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