Cristina Clara lança single de estreia ''Lua''

17-05-2021

Cristina Clara estreia-se com o single "Lua", um tema que cria pontes entre as canções populares portuguesa e brasileira - já disponível em todas as plataformas digitais.

"Lua" é o primeiro single de avanço do álbum de estreia a sair em Setembro, um trabalho recheado de estórias tornadas fados e chorinhos com um olhar contemporâneo sobre a tradição, que junta músicos de Portugal e do Brasil, com raízes no jazz e na música tradicional. A sua música reflete este abraço cultural, com influência marcada da poeta brasileira Cecília Meireles, também ela com uma forte ligação a Portugal, que motivou Cristina a escrever a letra do tema. "Lua" move-se entre a nostalgia (característica dos povos que vivem perto do mar) e um certo tom jocoso, o sentido de humor muito presente no fado mas também na canção popular brasileira. Com composição de Pedro Loch, compositor brasileiro, a música reflete a mesma multiplicidade expressa no poema e representada pelas próprias fases da lua como pelas várias facetas da identidade artística de Cristina Clara.

Seduzida pela poesia e estórias contidas na canção popular, Cristina interessa-se sobretudo por promover o diálogo musical entre diferentes culturas que partilham a mesma língua... E este tema deixa antever o desejo de promover a partilha e a integração de outras realidades culturais, outras linguagens - o que acaba por ser afinal representativo da própria história da Cultura Popular, esta forma portuária de criar dando.

Cristina Clara nasceu no Minho, em Vila Nova de Famalicão e há mais de 15 anos que se divide entre duas atividades que se alimentam e inspiram mutuamente. A viver em Lisboa, depois de concluir o curso de Enfermagem no Porto, muitas vezes adormeceu cantadeira em Alfama, depois de um concerto ou de uma tertúlia absolutamente inesquecível no Tejo Bar e acordou enfermeira no maior hospital do País. Cresceu entre as canções tradicionais que a mãe lhe cantava e as longas matinés a equilibrar uma moeda de dois e quinhentos no gira-discos da família. Cedo se revelou amante de poesia e das artes performativas. Em 2008, o fadista Marco Rodrigues desafia-a para cantar no Café Luso, no Bairro Alto - e assim começa o seu namoro com o Fado... A sua versatilidade na vida, os diferentes ofícios, sentem-se na sua música, é impossível enquadrá-la num género único.

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