Após conquistar perto de 40 milhões de streams apenas com a primeira parte do álbum, Carol Biazin acaba de editar a segunda parte do seu disco duplo, "No Escuro, Quem É Você?". A cantora e compositora brasileira apresenta agora um conjunto completo de 12 temas que dialogam com uma geração em busca de identidade, equilíbrio emocional e liberdade.
Com direção artística dos CANETARIA e produção musical de Donatto, o álbum tece texturas pop com influências que atravessam o jersey club, UK garage, house, new jazz e r&b — estilos já recorrentes na discografia da artista. Esta nova fase do projeto expande o universo íntimo e confessional das canções lançadas anteriormente, como "Que Pecado!" (com participação de Ebony) e "TE AMO SEM CULPA", incorporando agora ritmos mais pulsantes, sem abdicar da densidade lírica que caracteriza o trabalho de Carol.
"Este disco é quase como um espelho das minhas contradições, dos meus sentimentos, das coisas que ainda estou a tentar compreender. Fala muito sobre inseguranças, sobre dar nome ao que sentimos e, ao mesmo tempo, traz esse desejo de libertação, de dançar, de seguir em frente. É íntimo, mas não tenho dúvidas de que também é coletivo. Muitas pessoas vão-se rever nestas músicas."
A canção "Dilemas da vida moderna" chega acompanhada de um vídeo oficial realizado por Gabe Lima, conhecido pelos seus trabalhos com Marina Sena e Liniker. O styling ficou a cargo de Julia Emiko. Numa colaboração criativa com Carol, o vídeo explora o paradoxo entre viver e apenas existir na rotina da vida adulta, trazendo um "dummy" como símbolo da ausência e alienação quotidianas. Combinando cenas filmadas em estúdio com imagens captadas por telemóveis, webcams e até inteligência artificial (IA) processada de forma analógica, o vídeo oficial mergulha na estética da hiperconetividade e dos ruídos do presente.
"Brincámos com as texturas da vida moderna: imagens do MacBook, do telemóvel, cenas geradas por IA... Mas acho que o nosso compromisso maior era com a sensação", afirma Gabe Lima. "O dummy representa uma ausência afetiva — alguém que, no fundo, também tem os seus próprios compromissos. É sobre nos perdermos no quotidiano, mas também sobre nos reconhecermos nele."
Narrando afetos à flor da pele e contradições do dia-a-dia, "No Escuro, Quem É Você?" resulta num álbum plural, que percorre registos confessionais e letras sobre liberdade emocional, sem abdicar da sofisticação pop.