AGIR revela ''Mesa Para Dois'', o primeiro single do seu novo álbum de originais

17-10-2021

A nova obra de AGIR nasce de um conceito, diferente de todos os anteriores, em que a música e a melodia eram a base da composição: agora é da palavra que medra a música. Também a sonoridade difere de tudo o que este músico, cantor, compositor e produtor de apenas 33 anos já fez: habituámo-nos ao ritmo das suas canções e agora somos convidados à reflexão, à escuta atenta dos detalhes próprios da acústica de instrumentos como o contrabaixo, a guitarra, a bateria, por vezes o piano e até um acordeão. Há cordas e sopros, arranjos delicados e uma abordagem espartana da captação e edição: quase todas as músicas resultam da gravação de um único take, sem disfarces, nem truques, com a assunção das pequenas falhas, que são verdadeiras e humanas. A contenção sente-se também no video de "Mesa Para Dois": gravado em película resulta num trabalho mais orgânico, cru, que respeita o espírito do disco.

Recorde-se que AGIR tem partilhado com o público, através dos mais diversos meios, como as plataformas digitais ou a televisão, os vários projetos especiais em que tem trabalhado, das jam sessions "Eulália", em que homenageia, com uma toada jazz, artistas portugueses icónicos, ao tema especial PRESCREVER, uma reflexão sobre as desigualdades sociais que pervertem a essência da Justiça. Os poetas e autores de intervenção que fizeram Abril mereceram-lhe, este ano, uma atenção redobrada: primeiro através da participação especial no Festival da Canção, em que cantou dois dos maiores clássicos de todos os tempos da música portuguesa, "Flor Sem Tempo" e "E Depois do Adeus" numa homenagem ao pai, Paulo de Carvalho; depois, com o concerto Cantando Abril, transmitido na RTP 1 por altura da comemoração dos 47 anos do 25 de Abril; e, por fim, o espetáculo especial O Cantinho do Zeca, também transmitido na RTP 1, em que Carolina Deslandes, Lura, Marisa Liz, Tatanka, Joana Alegre, Cláudia Pascoal, Irma e Sara Correia se juntaram a AGIR para recriar o legado maior de Zeca Afonso, dando-lhe novas vozes, mas mantendo a essência de cada canção intemporal.

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